quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pearl Jam - Do the Evolution

http://br.youtube.com/watch?v=01itrj-HQz0


O clipe acima é da banda Pearl Jam. É interessante notar que foi feito um trabalho muito bom na parte gráfica com uma estética muito próxima aos quadrinhos. Durante todo o clipe repete-se o refrão "it's evolution baby" (isso é evolução) contraposto com imagem de destruições atômicas, guerras e afins. A letra da música também é coerente com essa sátira da evolução tecnológica:
I'm a man (eu sou um homem)
I'm the first mammal to wear pants, yeah (eu sou o primeiro mamífero a usar calças, ié)
I'm at peace with my lust (eu estou em paz com minha luxuria)
I can kill 'cause in God I trust, yeah (eu posso matar porque em Deus eu confio)
It's evolution, baby (isso é evolução, beibe)
Ok. Como diria Jack o estripador, vamos por partes: A Banda Pearl Jam tem origem na década de 90, em Seattle, nos EUA. Ela é um dos expoentes do movimento Grunge, junto com outras bandas como Nirvana, Soundgarden, Mother Love Bone, Alice in Chains e Mudhoney. o Pearl Jam é uma das poucas bandas grunges que continuaram ativas até hoje.
A banda é formada por Eddie Vedder - Vocal, Guitarra, Jeff Ament - Baixo, Matt Cameron - Bateria, Mike McCready - Guitarra Solo e Stone Gossard - Guitarra Base.
Analisando o trecho traduzido acima, em especial a frase "eu posso matar porque em Deus eu confio", em inglês in "God we trust", frase escrita na cédula do dólar e dita por todos os presidentes até então. A critica do Pearl Jam gira em torno do belicismo, principalmente dos EUA. O que nos faz compreender a postura da banda, que tem um dos maiores públicos, é o caso ticketmaster (que monopoliza o mercado de venda de ingressos em território americano), no qual eles entraram na justiça pedindo que o ticketmaster retirasse menos lucro para abaixar o preço dos ingressos. A banda ainda colabora com causas humanitárias o que explicita o fato de serem uma banda com um dos maiores públicos.
Voltando ao videoclipe, podemos perceber que ele é um clipe com muitos cortes, e como já foi escrito, com uma liguagem muito proxima à dos quadrinhos. A construção de sentido da linguagem classica é subvertida em algumas cenas que tornam o clipe mais coeso. Como por exemplo, a menina correndo num campo verdejante, feliz e contente e pisa numa mina. O interessante é que mesmo com a generalizada quantidade de cortes, o sentido não se perde nem se confunde, toda a imagem visual é muito bem amarrada.
Espero ter contribuido de alguma forma.
Almir de Carvalho

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