domingo, 16 de novembro de 2008

Mercy - Duffy

Linda, loura e com um vozeirão digno de uma Black diva americana Aimeé Anne Duffy, ou simplesmente Duffy, saltou de uma pequena cidade no país de Gales para conquistar os mercados e consumidores de música por todo o mundo.

Em tempos de Joss Stone e Amy Winehouse, a moça conseguiu se destacar e faturar - vendendo mais de meio milhão de cópias só na primeira semana de seu cd de estréia, no início deste ano - mesmo valendo-se de um estilo que parece ser o último achado cult da paróquia; o " pop, soul com toque clássico". Brincadeiras a parte, sua música é de fato boa, as composições são criativas e a voz rouca e anasalada é indiscutivelmente charmosa.

O clipe escolhido (“Mercy”) pertence ao álbum de lançamento da cantora “Rockferry, e nesta faixa, a batida soul é a mais marcada de todas as outras. Só isso justifica o fato de termos um clip mais dançante, que combine com a vocação natural da canção para as “pistas” do mundo.

Em sua primeira versão, dedicada a União Européia, o clip de “Mercy” conta com bailarinos com caras estranhas e roupas retrô (leia-se pólos abotoadas até o pescoço e calças de linho). Duffy fica no centro desta apresentação, e não se arrisca a passos de dança. O figurino da cantora é cem por cento comportado e os tons de cinza e bege tomam conta da imagem. Ainda que pareça sóbria, esta versão se encaixou com o clima da música e a postura da cantora.

A surpresa está na versão americana do clip; em meio a uma festa, em tons quentes, com a banda presente e um vestidinho preto decotado, Duffy se rende, ainda que sutilmente, ao clima p.i.m.p dos hits americanos. As perguntas são: o que há de errado com o outro clip? E principalmente, será que pra entrar na terra do Tio Sam todas devem despertar seu lado Beoncé?





Lorena Cardoso Simões
EC5
DRE:107328963

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