segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Bruno Medina no-seu-quadrado, Bruno Medina no seu quadrado

Esta reação aflorou ainda mais meu lado Luanaindecisadeser. Já que Paralamas e Titãs – Juntos e ao Vivo não saem dos meus ouvidos via mp3, acabei, inicialmente, recorrendo aos meus 11 anos de idade, tempos de MTV, e quase escolhi um dos meus clipes favoritos: Ela Disse Adeus, do genial trio para o qual as meninas do Leblon não olham mais. Depois, pensei em outro, daqueles que conquistam pela delicadeza: Diariamente, direto do Mais particular infinito de Marisa Monte. No fim das contas, me surge um rapaz dizendo que conhece “mais de mim do que eu mesma”, e sugere o clipe de O Vencedor – 2ª versão, de Los Hermanos – ou seria de Bruno Medina? Do alto de minha dúvida, um fator foi decisivo para a escolha deste último produto audiovisual e ele será explicitado neste texto.

Não diria que isto é uma inovação. Porém é bastante curioso que uma banda tenha realizado um clipe de determinada canção e, depois, um de seus integrantes produza um novo vídeo em que só ele apareça. Esta é a 2° versão de
O Vencedor na qual o mais introspectivo dos queridos barbudos cariocas nos surpreende com um dancinha que inspira expressões de estranhamento e gargalhadas deliciosas.



Medina aparece andando, pelas ruas do Leblon e outras partes da cidade, e executando passinhos estranhos (que, em alguns momentos, correspondem ao ritmo da música, como ocorre a 1’), em uma gravação de qualidade bem ao estilo uma idéia maluca na cabeça, uma câmera disponível para torná-la real e algum amigo doido pronto a ajudar.

Há planos que revelam que o vídeo não pretendia ser tão tosco assim, como a 1’26” quando há uma seqüência em que a câmera se encontra suspensa, ou a 1’46” quando há uma preocupação em filmar em contra-luz. Há outros, todavia, nos quais esta veia bizarra vem à tona, desde o ônibus passando em frente à câmera, a 2’17”, até os fones de Ipod se tornando aparentes, a 2’36”. No fim, o instrumental tão característico das músicas dos Hermanos serve quase como uma tema da vitória para a "meia-maratona" (2’32”) que Medina percorre entre as pistas do Aterro, umas escadarias não identificadas (Santa Teresa?), uma passarela enorme (com direito à tentativa de Duplo Twist Carpado) e a ciclovia da orla carioca.

Agora, lá no início, falei que havia um motivo especial pra minha escolha. Bem, amigos, alguém aqui lembra de Footloose – Ritmo Louco, filme americano de 1984, dirigido por Herbert Ross e estrelado por Kevin Bacon? Bem, nem eu. Fato é que o filme tem toda uma temática dançarina super envolvente à qual o tecladista dos Hermanos não pôde resistir, e, voilà!, tem-se uma reprodução malemolente da coreografia – sim, o Bruno decorou parte dela! – com que Ren McCormack (Bacon) risca o salão do baile de formatura.



A reprodução do Hermano da dancinha tão peculiar não é a única disponível, como se pode ver neste hilário exemplo, no qual dois seres realmente estranhos, com roupas bizarras, demonstram a sua malemolência (?). E aí, qualquer semelhança com quadrados e afins é mera coincidência.

Acho que prefiro o Bruno. Nos quadrados brancos e vermelhos.

Luana Xavier
EC6

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